domingo, 30 de janeiro de 2011

TRAGÉDIA ANUNCIADA E RECORDE

Como se repete todo ano a qualquer chuva mais intensa, essas tragédias só trazem comoção quando a quantidade de mortos assusta inicialmente. Morrendo aos poucos, podem morrer mais do que duas tragédias dessas e não comove a mais ninguém. A falta de algo novo a dizer é o primeiro problema inicial a calar todos com essa repetição ano após ano.
Que as pessoas constroem em área de risco todos já disseram e se sabe disso há décadas. Condenam quem se arrisca, mas pouco se fala sobre quem deveria evitar e permite as construções irregulares em área de risco. O argumento batido de que ninguém mora em lugar de risco por opção é simplório por não dizer que as pessoas precisam criar condições de possuírem moradias seguras. A maioria que mora em barracos tem filhos em abundância, condição que poderia ser evitada com a conscientização de que família ou filho precisa ter moradia segura.
A tragédia da região Serrana do Rio de Janeiro foi inovadora pela dimensão. Por destruir cidades inteiras, não se pode dizer que essas cidades também fossem irregulares por inteiro.
Os famosos aparelhos de alerta sobre as chuvas são necessários para evitar catástrofes, mas não como solução. Ora, o poder constituído tem de fazer o que, e como, se deve ser feito. O ideal é que não se permita as construções, irregulares ou legais, em área de risco.
Que as verbas liberadas como auxílio funeral muito já se falou, mas se repete do mesmo modo. Elas não aplicadas em prevenção para serem liberadas como benevolência dos governos após as tragédias.
Todos já sabem de cor de que não há responsáveis por essas tragédias e eis o motivo principal pela falta de solução. Os atuais governos colocam a culpa nos anteriores, mas ninguém investiga quantas obras engolidas foram construídas já nas gestões atuais.
Então, sobre qualquer coisa que se disser, já fora dito antes. Outras tragédias já havia sido anunciadas, quando Santa Catarina imergia na água; Rio de Tragédias, quando se imaginava que o Morro do Bumba teria sido o limite da irresponsabilidade dos governos; e mais recentemente o Novela de todo Verão, quando as águas levaram duas crianças em São Paulo, dando início ao show de horrores.
Apenas cabe reafirmar a antiguidade do problema. O jornal Folha de São Paulo, de 26 de dezembro passado, trouxe a manchete de 50 anos atrás. O título desse quadro é "Há 50 anos". Dizia a manchete de 26 de dezembro de 1960: "governador sobrevoa região atingida por enchente em SP". Na matéria, havia citação de que o governador ficara impressionado com a extensão e gravidade das inundações...que recomendara urgência na adoção de todas (repita-se: todas!) as medidas que se fizerem necessárias... Parece que as palavras saíam da boca de Sérgio Cabral, de Gilberto Kassab ou de Geraldo Alckmin agora, somente 50 anos depois. Porém no mesmo caderno Cotidiano a manchete destacava 130 invasões irregulares de abril a setembro de 2010 apenas na cidade de São Sebastião. Está a explicação pela falta de solução. Mas se há órgão que possa cobrar das autoridades ninguém diz qual.
Mas a cobertura da imprensa brasileira poderia ajudar se fosse além do melodrama de apontar a solidariedade do povo brasileiro ao repassar roupas usadas e mantimentos. Ao invés de somente pão e água para os desalojados e desabrigados, que fosse solidário para pressionar as autoridades a solucionarem o problema.
Além de buscar de forma incisiva a manifestação das autoridades atuais, que nunca são responsáveis por nada, para dizerem o quê estaria sendo feito agora para evitar tragédias, e quando essas medidas, no ritmo do andamento atual, chegariam à solução. Por mais que as autoridades gaguejassem, a resposta seria nunca, porque nada está sendo feito. De concreto, só muito blablablá das autoridades e excesso de conivência de quem pode espernear-se.
Samico.

CARGOS NO SENADO AINDA CAUSAM DIVERGÊNCIAS ENTRE PMDB E PT

PT e PMDB, as duas maiores forças do Senado, intensificaram as conversas para tentar definir, até segunda-feira (31), que critério adotarão para as indicações dos cargos nas comissões permanentes da Casa. O PT defende que as indicações sigam a proporcionalidade do tamanho dos blocos partidários. Já o PMDB quer que se preserve a praxe da escolha dos presidentes das comissões com base no tamanho das bancadas eleitas no ano anterior (no caso, no pleito de 2010).
Ontem (28) à noite, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), reuniram-se com o presidente do PT, José Eduardo Dutra (SE), e o líder no Senado, Humberto Costa (PT-PE). "Não sou contra os blocos partidários. Eles sempre serviram para acomodar os pequenos partidos nas comissões, mas não como critério para indicação de presidência", disse Calheiros.
A oposição (liderada pelo PSDB e pelo DEM) e partidos da base, como o PTB, já manifestaram insatisfação com a iniciativa do PT de querer adotar o critério do tamanho dos blocos para garantir mais indicações nas comissões. Os petebistas, que reivindicam a presidência da Comissão de Infraestrutura para o atual titular do cargo, senador Fernando Collor (AL), ameaçam entrar no bloco PMDB-PP para manter a maior bancada, com 31 senadores contra 30, do bloco PT-PR-PDT-PSB-PCdoB-PRB.
"Nós queremos garantir o espaço que temos atualmente: a Comissão de Infraestrutura, presidida pelo senador Fernando Collor, e a 2º Secretaria da Mesa, que será o João Vicente Claudino (PI). Afinal, somos [com seis senadores] a quarta bancada do Senado e a terceira maior da base aliada", afirmou o líder petebista, Gim Argello (DF). O cargo interessa aos petistas para emplacar o senador Lindberg Faria (RJ).
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), considera a iniciativa de adotar o critério da escolha das comissões por blocos uma "estratégia para esmagar a minoria", uma vez que reduziria ainda mais a margem de indicações das oposições. Ele acrescentou que mesmo quando tinham bancadas consistentes, o PSDB e o DEM nunca impuseram suas forças para alterar o critério da proporcionalidade partidária na escolha dos cargos.
O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), por sua vez, resumiu a posição de seu partido quanto ao tema em questão: "O critério sempre foi escolha por bancada. Para nós, não é conveniente a formação de blocos".
Na segunda-feira, às 16 horas, a bancada peemedebista se reúne para tratar das escolhas das comissões que pretende presidir. Ao mesmo tempo definirão se adotam o mesmo critério defendido pelo PT ou se manterão o princípio da proporcionalidade partidária. O líder do partido, Renan Calheiros (AL), aposta "na construção de um acordo partidário" que supere as divergências com o aliado da base governista. No mesmo dia, o PT reunirá a bancada às 14 horas.
Com 20 senadores eleitos, o PMDB mantém o comando partidário da Casa que estará sob o comando, nos próximos dois anos, do atual presidente José Sarney (AP). Os petistas, com 15 parlamentares e segunda maior bancada, já escolheram a 1º Vice-Presidência. O PT decidiu dividir em 2011 e 2012 a titularidade do cargo, que caberá a Marta Suplicy (SP) e José Pimentel (CE).
A secretária-geral da Mesa Diretora, Claúdia Lyra, esclareceu à Agência Brasil que, desde 2003, quando passou a titular do cargo, tem sido preservada a praxe do critério da proporcionalidade das bancadas nas indicações aos postos da Mesa Diretora e às presidências das comissões. A Constituição Federal é dúbia ao tratar desse critério, ao destacar que para a indicação das comissões serão adotados os critérios da proporcionalidade partidária ou de blocos partidários, "tanto quanto possível".
Samico

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

LUTA CONTRA POBREZA E SUAS CAUSAS NO BRASIL E AMÉRICA LATINA!

Trecho do artigo de Pierre Salama -professor emérito das Universidades Cnrs-Cepn, Centro de Economia de Paris- à revista Fórum DRS. Nov/Dez 2010.

1. A redução da pobreza depende relativamente pouco das políticas de assistência. Três fatores podem aumentar ou diminuir a dimensão da pobreza, sua profundidade e as desigualdades entre os pobres: o nível das desigualdades econômicas, a taxa de crescimento do PIB, o aumento ou a redução das desigualdades econômicas. Esses três fatores caracterizam o que chamamos de o triângulo da pobreza, segunda a expressão de Bourguignon. As desigualdades de rendas produzidas pelo mercado podem ser reduzidas pelas políticas sócio fiscais. É o que observamos na Europa, e não é o que observamos na América Latina, apesar das novas políticas de transferência monetárias condicionadas, realizadas no começo dos anos 2000.

2. As causas fatoriais: o triângulo da pobreza. O "triângulo da pobreza" lembra o "triângulo das Bermudas" na América Latina, zona conhecida pelas suas fortes turbulências meteorológicas. São as políticas de transferências de rendas (presença na escola, vacinação) que foram executadas nos anos 2000: Bolsa Família no Brasil, AUH na Argentina, Opportunidades no México, etc.

3. O “triângulo das Bermudas” na América Latina. Analisemos os efeitos destes três fatores. Para uma taxa de crescimento dado e uma estabilidade da divisão das rendas, quanto mais o nível das desigualdades é elevado, mais fica difícil de reduzir a pobreza. Na realidade, quanto mais as desigualdades são elevadas, maior é a distância entre a renda média dos pobres e a linha da pobreza, portanto, mais longo fica o caminho para atingir e ultrapassar esta linha e diminuir então a taxa de pobreza. Por outro lado, quanto mais a taxa de crescimento é elevada e regular, se todos os outros aspectos estiverem iguais (nível de desigualdades estável), mais a dimensão e a profundidade da pobreza diminuem.

4. Na prática, a distância até a linha de pobreza é alcançada mais rapidamente uma vez que o crescimento aumenta, com a condição de que essa taxa de crescimento, a renda média dos pobres e a linha da pobreza tende a diminuir, e vice-versa. Essa diminuição das desigualdades pode ser ao mesmo tempo um produto de um aumento do salário mínimo mais elevado que a taxa de crescimento, um produto de uma diminuição dos empregos informais, de uma política de transferências de rendas, e finalmente da natureza do regime de crescimento.

5. O aumento da taxa de crescimento, a redução da sua volatilidade de 2002 a 2008, a diminuição modesta das desigualdades, explicam a queda recente da pobreza constatada nas principais economias latino-americanas. A regularidade do crescimento é uma condição importante. Uma taxa de crescimento média regular do PIB pode ter uma eficácia mais elevada sobre a redução da pobreza do que uma taxa de crescimento média do PIB mais elevada.

6. De fato, a volatilidade do crescimento tem efeitos distributivos. Por exemplo, em caso de crise, as desigualdades aumentam em geral, e esse aumento é negativo sobre a pobreza. Observamos também um atraso entre o ciclo do PIB e o ciclo das rendas dos trabalhadores e das camadas modestas da população, e esse atraso retarda as recuperações do nível de vida dessas camadas.
Samico.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

REFORMA ELEITORAL PARCIAL PODE AVANÇAR!

Coluna de sábado de Cesar Maia na Folha de SP (15).

1. Se há um consenso entre governo e oposição, é quanto à necessidade urgente de uma reforma eleitoral. Mas fazê-la não é simples. Afinal, os deputados que se elegeram por um sistema resistem a mudá-lo. Ninguém tem dúvida de que o sistema atual leva a que os eleitos, uma vez com seus mandatos, se considerem, cada um deles, um próprio partido. Esse é um dado-chave de governabilidade e de constrangimento dos governos. Não se trata de pressão dos partidos -a princípio, legitima. Nosso sistema eleitoral, de voto proporcional aberto, é único no mundo. Saem-se melhor os que projetam um grande puxador de legenda e se abrigam abaixo dele para se elegerem com menos de 10% do quociente eleitoral.

2. Isso seria impossível nos sistemas adotados mundo afora, de versões de voto distrital, de lista ou misto. Por outro lado, a eleição de um deputado se torna, aqui, mais cara que nos EUA, somando o que se registra e o que não se registra, ou seja, a mais cara do mundo todo, usando como deflator o câmbio pelo poder de compra (Banco Mundial). Imaginar que se fará um texto completo e se conseguirá tramitá-lo é ilusão treda. O caminho único seria fazer a reforma eleitoral por partes. E dar um primeiro passo que seja substantivo e, ao mesmo tempo, prático.

3. Para ser prático, teria que partir do que já ocorre. Nesse sentido, a parte inicial desse primeiro passo seria adotar o voto distrital nas eleições de deputados estaduais. Hoje, estima-se que pelo menos 80% dos deputados estaduais já sejam eleitos distritalmente, o que facilita a aprovação. A legislação seria simples. Adota-se o voto distrital para as eleições de deputado estadual e delega-se às Assembleias Legislativas o desenho dos distritos, observando que devem ser homogêneos, com variação máxima de 10% de cada eleitorado entre eles.

A segunda parte desse primeiro passo seria fortalecer os partidos.

4. O TSE e o STF têm dado sinais nessa direção. A fidelidade partidária e o entendimento de que a suplência numa lista pertence a cada partido são exemplos, sem entrar na discussão de mérito. Tais sinais conduzem claramente à proibição de coligação nas eleições de deputados federais. Isso obriga cada partido a formar sua chapa de candidatos, e não ter uns dois nomes competitivos e se coligar, oferecendo compensações de voto e tempo de TV na eleição majoritária.

5. Por isso, hoje são 22 partidos representados. Com medidas iniciais como essas, que podem produzir ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, seria aberta a porta da reforma eleitoral com um passo significativo. A partir daí, a discussão prosseguiria sem açodamento, riscos ou obstruções.
Samico

LIÇÕES DE VIDA. JOSÉ ALENCAR

"A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome".
O ex-vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer.
É o 11º tratamento ao qual se submete e concedeu a seguinte entrevista:

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
JA - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranqüiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público. Ninguém tem nada a ver com o câncer do José
Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.

*O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
JA - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

*Como a doença alterou a sua rotina?
JA - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia(desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho.
Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda.
Tenho a minha mulher, Mariza e a Jaciara (enfermeira da Presidência da República) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.Sem drama nenhum.

*O senhor não passa por momentos de angústia?
JA - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
JA - A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.

*É penoso para o senhor praticar a humildade?
JA - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso
com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim.
Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu
faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

*Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
JA - Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a
repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.

*O senhor tem medo da morte?
JA - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A
luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.

*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria minha esposa, Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".
Samico.

domingo, 23 de janeiro de 2011

REFORMA ELEITORAL URGENTE! QUEM É CONTRA O VOTO DISTRITAL!

Quando você vota, você acredita que o seu candidato vai representar você?
A liberdade de escolher em quem votar é apenas um dos princípios da democracia, mas a representatividade é que revela a sua autenticidade. Em nosso país ganha eleição quem tem dinheiro para propaganda e obedece as regras do nosso jogo político. Exceções sempre existem, mas são poucas e a cada dia estamos vendo que são menores. Muitas vezes os políticos visivelmente não têm dinheiro para as campanhas visivelmente milionárias, mas o brasileiro não está acostumado a questionar quem patrocinou para ele ganhar. Com isto a representatividade do eleito não é popular, mas sim para os grupos que os patrocinaram.
Constantemente o voto distrital é assunto em vários segmentos da população brasileira e apontado como solução para amenizar a corrupção e aumentar a representatividade dos eleitores.
O voto distrital aumenta o poder de fiscalização dos eleitores sobre os representantes, pois as regras atuais facilitam a atuação de políticos que conseguem se reeleger em outro local mesmo que não tenham tido um bom desempenho parlamentar.

Quem é contra o Voto distrital?

1-Grupos e Oligarquias
No Brasil existem muitas entidades oligárquicas e grupos privilegiados com defensores (parlamentares) próprios. Com o voto distrital, as oligarquias e os grupos perderiam estes defensores, pois os candidatos seriam eleitos por região e teriam que prestar contas para a população da região que o elegeu. Quando um candidato é eleito como "defensor da classe" ele defenderá a classe. Muitos destes eleitos desconhecem os eleitores que votarem neles em determinada região (pulverização de votos). Estes eleitores esquecerão dele, pois não têm vínculos. O lucro destes votos pulverizados é importante para os grupos e oligarquias continuarem a ter representatividade.
Os votos "pulverizados" são conseqüência de indicações de parentes, amigos, reuniões, etc.

2-Políticos que atuam para si mesmo e não para a comunidade.
Políticos que se aproveitam do desinteresse da população e sabem que não serão cobrados, também são fiéis defensores da pulverização de votos. Quando acontece de ficarem visados, mudam de cidade ou estado, para onde não são conhecidos e se candidatam novamente.

3-Pessoas que não podem aparecer publicamente, pois já estão desgastadas.
Então financiam a campanha de determinada pessoa que vai defender seus interesses, em qualquer lugar da abrangência de suas pretensões.
Em cada cidade, os políticos têm estimativas de quanto vai custar para ser eleito em todas as esferas das eleições. Há um valor para se o candidato já for conhecido, outro valor se for pouco conhecido e outro valor se for de fora e desconhecido. Isto é democracia ou regra do poder econômico?
Samico.

DISPARA A PRODUÇÃO DE PASTA BASE DE COCAÍNA NA BOLÍVIA!

1. A produção de cocaína na Bolívia, especialmente nos departamentos de Cochabamba, Santa Cruz e Beni, duplicou nos últimos 3 anos. Estima-se que deva ter ultrapassado as 150 toneladas. Alguns falam em 200 toneladas.
2. As avionetas usadas mais que dobraram de preço e seu uso hoje é percebido por quem trafega nas estradas ou vive no interior. O governo sabe disso, pois seus radares acusam o volume desse tráfego.
3. Os traficantes brasileiros que chegavam à fronteira para comprar a cocaína agora compram dentro do país, entrando mais de 200 km para dentro da Bolívia. A presença de colombianos é crescente, pois são eles que trazem a tecnologia e a sugestão de sementes mais produtivas.
4. As autoridades estão passivas, e várias delas dizem, cinicamente, que hoje é a cocaína que mantém a economia ativa e com baixo desemprego. Reprimi-la seria criar mais um problema para o desgaste do governo, dizem. O trabalho de menor remuneração nas mini refinarias é de 400 dólares, o que impulsionou o valor geral do salário nessas regiões.
5. A promessa do novo ministro da justiça do Brasil é que levará as forçar armadas à nossas fronteiras. Então é urgente que leve, e já, para toda extensão da fronteira com a Bolívia. Nas drogas se aplica a lei de Say (toda oferta cria sua própria demanda). Sendo assim, em breve o mercado consumidor brasileiro estará ampliado.
Samico.

O QUE O MUNICÍPIO DO RIO TEM FEITO PARA REDUZIR SITUAÇÕES DE RISCO!

1. O governador Cabral, na entrevista coletiva após sobrevoo à região serrana, afirmou que a Cidade do Rio tem 18 mil imóveis em situação de risco, conforme estudo atualizado da prefeitura do Rio. O Globo de domingo (16) disse em matéria sobre o IPTU, que a cidade tem 2.200.000 imóveis registrados. Portanto, são 0,8% dos imóveis em situação de risco. Um número alto, mas que no início dos anos 1980 eram calculados em mais de 5%. A busca de eliminar essa situação equivale a dar continuidade ao que vem sendo feito.
2. (Trecho do artigo 'A melhor resposta à dor' do arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil -IAB-RJ, no Globo, 16). "O Rio de Janeiro é uma cidade que tem aprendido. Das tragédias da década de 60, emergiu o serviço de geotecnia extremamente bem sucedido, da GeoRio. Nesses 40 anos, a cidade tem investido poderosamente na contenção de encostas e na eliminação de risco. O Rio também tem investido na proteção a famílias em risco. É claro que não é simples, considerando-se que a falta de politica habitacional é uma realidade no Brasil. Mas é considerável o esforço do município no reassentamento de famílias, pelo menos desde a década de 90, através do programa 'Morar Sem Risco'."
Samico.

DILMA ADOTA MODELO CRIADO NA PREFEITURA DO RIO!

1. A presidente Dilma Rousseff informou que dividirá o governo em 4 grandes áreas, agrupando os ministérios com temas afins. Esse é o modelo que foi criado na Prefeitura do Rio em 1993 e funcionou bem até 2008. O modelo se chamava de "Gestão por Macro Funções". Este modelo recebeu elogios formais do Banco Mundial e do BID. As 'equipes' se reuniam pelo menos mensalmente por autoconvocação e com o prefeito, em geral, num almoço de trabalho.
2. Dilma disse também que as reuniões ministeriais não funcionam, pois não se consegue aprofundar nenhum problema. Independente da crítica implícita ao que fazia Lula, nem ele, nem ela, entendem qual a função de reunião com todo o ministério. Na Prefeitura do Rio a reunião era até mais ampla e reunia todo o primeiro escalão, umas 50 pessoas. Ocorria de forma sistemática uma vez por mês, todos os meses, e era aberta às 8h da manhã e encerrada às 19h.
3. A função de uma reunião tão grande era múltipla. Primeiro, fazer todos os secretários se encontrarem fisicamente e conversarem informalmente nos intervalos e almoço. Muitas vezes um secretário não conversa com o outro por seis meses ou mais. Segundo, dar unidade conceitual ao governo, na intervenção do prefeito. Terceiro, ajudar na formação do primeiro escalão, com o convite a um palestrante (um historiador, economista, cientista político, ambientalista...), que aborda um tema importante para essa formação, seja sobre um período da história do Brasil, seja sobre um personagem dela, seja sobre a conjuntura... Finalmente se escolhia uma só secretaria/função de governo para tratar das ações de sua área e se focalizava nela.
4. (Globo, 15) Dilma divide governo em quatro áreas. No entendimento da presidente, agregando as pastas por áreas temáticas será mais fácil obter melhores resultados. As quatro áreas serão: Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria; Desenvolvimento Econômico; Gestão, Infraestrutura e PAC; e Direitos da Cidadania e Movimentos Sociais. (...) A presidente disse que as reuniões ministeriais não funcionam.
Samico.

ESSA É UMA HOMENAGEM À TURMA DE CABELOS BRANCOS.

Um jovem muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.
"Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo!", o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.
"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, celular, televisão, aviões a jato, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros elétricos e a hidrogênio, computadores com grande capacidade de processamento e ....," - fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.
O senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:
- Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens porque estávamos ocupados em inventálas. E você, um bostinha arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a próxima geração?
Samico

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

IMORALIDADE E FALTA DE VERGONHA NA CARA! APOSENTADORIA PRECOCE PARA EX-GOVERNADORES

Nem mesmo um decisão do Supremo Tribunal Federal(STF) contra o pagamento de aposentadoria vitalícia a ex-governadores  tem inibido quem deixou o cargo nos últimos meses de requisitar em seus estados o benefício que pode chegar a R$ 24 mil por mês.
A OAB vai ao STF contra aposentadoria de ex-governadores O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil vai ingressar com ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as pensões vitalícias concedidas a ex-governadores. Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, a concessão desse tipo de benefício agride preceitos da Constituição Federal ao dar um “tratamento desmedido” aos ex-governantes.
“O próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu pela inconstitucionalidade de lei do Estado do Mato Grosso Sul que beneficiava o ex-governador Zeca do PT, porque a referida lei feria o artigo 37 da Constituição Federal, no que se refere ao princípio da moralidade. Se fosse intenção do constituinte de 1988 manter esse benefício, não o teria retirado da Carta Magna, como antes era previsto”, disse Ophir. A derrubada da pensão concedida a Zeca do PT foi motivada por ação direta de inconstitucionalidade movida pela OAB.
Esses pagamentos atentam contra o princípio da moralidade por criar regalias a ex-governadores, enquanto um trabalhador brasileiro teria que contribuir, a partir dos 25 anos, com R$ 1 mil por mês, no mínimo, num plano de previdência privada.Ainda assim, precisaria esperar até 79 anos para começar a receber o benefício.
A imoralidade é tanta, que alguns estados pagam generosas aposentadorias vitalícias, independentemente de quanto tempo eles ficaram no cargo - um dia já vale para pedir o benefício.
Acho que a nossa população perdeu a capacidade de se indgnar e reagir contra esse descalabro e assalto aos cofres público. Haja cobrança de impostos para pagar tanta imoralidade.
Samico

domingo, 16 de janeiro de 2011

BISPO RECUSOU HOMENAGEM DO SENADO FEDERAL

Bispo recusa comenda e impõe constrangimento ao Senado Federal.
Num plenário esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e amigos do homenageado, o bispo cearense de Limoeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson Cruz 
impôs um espetacular constrangimento ao Senado Federal, ontem. 
Dom Manuel chegou a receber a placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, das mãos do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). 
Mas, ao discursar, ele recusou a homenagem  em protesto ao reajuste de 61,8 % concedidos pelos próprios deputados e senadores aos seus salários.
“A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. 
O público aplaudiu a decisão. O bispo destacou que a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais da rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos parlamentares. 
E acrescentou que o aumento “é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”.
Samico
 

sábado, 15 de janeiro de 2011

DESCASO GOVERNAMENTAL! MAIS DE 500 MORTOS


As tragédias se repetem, o que muda são as estatisticas dos obituários, dos desabrigados e desamparados, no momento já passam dos 500 mortos.
O que teimam em não mudar são os POLITICOS IMORAIS, que ano após ano, tragédia após tragédia, cinicamente, vão ao noticiário com várias promessas mentirosas, com marketing elaborado, tirando proveito da desgraça alheia e, finalmente o zé povinho idiota que continua acreditando e bancando suas eleições.
O RJ chora todo ano suas desgraças, os políticos não aparecem, desaparecem e depois reaparecem com as caras de sempre, cínicas e chorosas, os Cariocas acreditam, afinal de contas o Flamengo agora tem Ronaldinho, o que importa é o circo, depois vamos aprender à VOTAR DIREITO.
Não me queiram mal, é hora dos valorosos fluminenses refletirem,aprenderem a escolher melhor os seus representantes ou então em 2012, 2013, 2014, lá vem as cenas que nos entristece logo no inicio do ano, nos deixam revoltados, impotentes, descrentes, não acreditamos que um BRASIL com tanta riqueza não seja capaz de administrar o bem estar de seu povo.
É hora do RJ ir às ruas, não para celebrar peladeiros e baladeiros, é hora do RJ ir às ruas exigir RESPEITO.


Samico

CONHECIMENTO É A ÚNICA VIRTUDE E IGNORÂNCIA O ÚNICO VÍCIO

Discurso de San Walton, fundador do WAL MART, fazendo a abertura de um programa de treinamento para seus funcionários.

"Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.
Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.
Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.
Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.
Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.
Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.
Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas.
Engana-se.
Sabe que eu sou?
EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA!!!
Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma.
Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de CORTESIA".
"CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR."
"A paciência é amarga, mas seu fruto é doce"
Jean Jacques Rousseau.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A IRRESPONSABILIDADE DE NOSSOS GOVERNANTES CAUSA MORTES E SOFRIMENTOS

Em 2010, o governo federal gastou 14 vezes mais recursos em respostas aos desastres do que com a prevenção deles. Conforme dados da ONG Contas Abertas, que monitora gastos públicos, o governo usou R$ 167,5 milhões com prevenção e preparação para desastres. Já com a Resposta a Desastres e Reconstrução, o valor investido foi de R$ 2,3 bilhões.
O governo é tão irresponsável que gasta mais com o resultado das tragédias do que com a prevenção.
Um programa de prevenção de tragédias como estas além de ficar mais barato salva vidas. Mas nossos governantes não estão preocupados em prevenção ou salvar vidas. O que lhes interessa são as benesses do poder. Os cartões corporativos sem limites, os passaportes diplomáticos, os mensalões, os passaportes diplomáticos, os altos salários, as férias em instalações de luxo das forças armadas.
E o povo que se dane.
Samico

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

UMA ROTINA TRÁGICA DE DESGRAÇAS

Que não se culpem mudanças climáticas, alterações na temperatura do Pacífico ou outro fenômeno da natureza. As enchentes que a cada verão levam pavor, morte, prejuízos de toda ordem às duas maiores regiões metropolitanas do país e ao interior de respectivos estados, como nos últimos dias, são uma obra bem construída durante anos de incúria, demagogia e falta de planejamento do poder público e de certos políticos em particular. A rigor, as mesmas mazelas são encontradas em todas as regiões.
Os políticos seguem sua rotina de obter benefícios para si e seus familiares e de disputar cargos públicos. Não para implantarem seus planos de trabalho, mas para auferirem benefícios que o poder corrompido possibilita. Algumas campanhas são financiadas  por empreiteiras para que fechem os olhos às exigências e escancarem a especulação imobiliária. As reais prioridades dos políticos ficam evidentes, apesar de tudo que apregoam para obter votos. A consequência é uma rotina trágica de enchentes, desgraças, mortes, descalabros na saúde e na educação, com o discurso falso de que tudo está melhor. Em algum momento, a sociedade tem que perceber  que estas duas rotinas são ligadas e só uma mobilização coletiva e reparadora pode colocar termo a este círculo vicioso.
Samico.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E EXISTEM PEQUENOS TRAFICANTES?

O secretário Pedro Abromavay, que acena com a possibilidade de soltura de "pequenos" traficantes, certamente ignora que são estes  que assaltam e matam cidadãos inocentes nas ruas. Os "grandes" traficantes não costuma sujar as mãos. Querer soltá-los é despejar 40 mil assaltantes para barbarizar nas ruas. Este governo é a continuação do anterior, segundo Lula, que niunca construiu os presídios necessários e, agora, arruma uma solução simples - e absurda! - para a superpopulação em presídios. A política sobre drogas no Brasil  anda sempre no sentido de favorecer seu consumo, seja não prendendo traficantes "pequenos" seja querendo liberar o consumo. Custa crer que esta gente, com suas idéias "fantásticas", tenha filhos.
São pensamentos como este que facilitaram a instalação do medo em que vivemos hoje, da insegurança, da falta de políticas governamentais sérias que privilegiem o trabalhador e sua família.
Pobre povo brasileiro!
Samico

MÉDICOS REPROVADOS!

Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.
Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do País.
As faculdades cubanas - a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana  são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos.
Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizações indígenas enviaram para lá 36 jovens índios. Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não teriam condições de exercer a medicina no País.
As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.
Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira. Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.
Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre
a população de baixa renda do que para a medicina curativa.
No marketing político cubano, os médicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, não se preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".
Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalência automática dos diplomas de  Medicina expedidos nos dois países, mas os líderes governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução" para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde. E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades.Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover
ajustes".
As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação. Custa crer que setores do Ministério de Educaçõa e da Saúde continuem
insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional,quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.
Samico

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

REFORMA DO MARACANÃ VAI A UM BILHÃO DE REAIS!

(Globo, 11) A identificação de deterioração de parte da estrutura da cobertura original por técnicos do Consórcio que faz as obras, poderá elevar o custo da reforma do estádio do Maracanã, cuja estimativa é de R$ 712 milhões, a R$ 1 bilhão, segundo especialistas. Além disso, as obras previstas para terminar em dezembro de 2012, podem se arrastar por mais 6 meses.
Isso corresponde a um acréscimo de 40%. Lei de licitações só autoriza acréscimos até 25%. Terá que ser feita uma nova licitação para esse "complemento".
 É um acréscimo de uns 290 milhões de reais. O Engenhão -apenas a construção do estádio- custou 320 milhões de reais.
Se o atraso for esse, de seis meses, o Maracanã não poderá ser usado na Copa das Confederações.
Samico.

CARGOS E SALÁRIO MÍNIMO

A discussão de cargos entre PT e PMDB está assumindo proporções perigosas para o Brasil. Já há ameaças explícitas dos líderes do PMDB de que, caso não sejam atendidos em cargos em estatais, fundações e secretarias, vão propor aumento mínimo para R$ 580, com profundo impacto nas finanças da Previdência Social, cujo ministro, indicado pelo PMDB, já declarou não saber o que lá está fazendo. Esse tipo de chantagem do PMDB vai existir durante todo o governo Dilma, que será sempre testada em sua capacidade de negociação política, abertamente questionada pelo líder do PMDB na Câmara. Ficaria certamente bem mais barato para o governo convocar a oposição do PSDB e do DEM e fazer um governo de coalizão, jogando o PMDB para escanteio, na linha de aproximação com os partidos de oposição.
Samico.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O VOTO QUE FALTA!

Em entrevista ao Estadão, Tarso Genro anuncia que só falta um voto para que a Lei da Anistia seja derrubada pelo STF. Existe uma vaga aberta e a indicação do novo ministro será de Dilma Rousseff. Pode ser o voto que falta.


Qual foi o pior momento de sua carreira?
Foi a decisão do STF que, em abril, entendeu que a Lei da Anistia se aplicava a indivíduos que torturaram. Acho que isso foi muito grave para a democracia do Brasil porque abriu uma perspectiva também de anistia para pessoas que cometerem tortura daqui por diante. Se uma lei de anistia perdoa torturadores, uma lei de anistia pode tudo também daqui para a frente. Mas felizmente a decisão da Corte Interamericana de Justiça (que, pouco depois, condenou o Brasil e afirmou que a Lei de Anistia não garante a impunidade dos que torturaram durante o regime militar, de 1964 a 1985) colocou as coisas nos eixos. Essa decisão deixou, na minha opinião, constrangidos os que me atacaram fortemente naquela oportunidade. Eu festejo que a decisão do Supremo foi por apenas um voto. O que demonstra que tem uma corrente dentro tribunal que já se abrigava na mesma posição da Corte Interamericana.

Isso abre algum caminho para que o Brasil reveja a questão?
Sim. Na minha opinião, o Brasil está obrigado a cumprir essa sentença, obviamente de maneira processual e verificando as condições institucionais e constitucionais. Mas deve fazê-lo.

Samico

ITAMARATY DÁ PASSAPORTE DIPLOMÁTICO A FILHOS DE LULA

Decisão saiu a 2 dias do fim do mandato; governo diz que só renovou concessão

Para obter o benefício, os filhos do presidente precisariam ter até 21 anos; Luís Cláudio tem 25 e Marcos Cláudio, 39 anos.

MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA

O Itamaraty concedeu passaporte diplomático a dois filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dois dias do fim do mandato.
Segundo entendimento do órgão, dependentes de autoridades podem receber o documento até os 21 anos (24, no caso de estudantes, ou em qualquer idade se forem portadores de deficiência).
Luís Cláudio Lula da Silva, 25, e Marcos Cláudio Lula da Silva, 39, filhos do presidente, gozam de perfeita saúde e obtiveram o documento em 29 de dezembro de 2010, penúltimo dia útil da era Lula.
Questionado, o Itamaraty, disse que ambos já tinham o passaporte especial e tratava-se de uma renovação.
A Folha teve acesso à decisão que beneficiou os filhos de Lula. Ela cita que foi "em caráter excepcional" e "em função de interesse do país", mas não apresenta justificativa para a concessão.
Integrantes do corpo diplomático ouvidos pela reportagem, na condição de anonimato, afirmam que a decisão provocou mal-estar dentro do Itamaraty, já que o ex-chanceler Celso Amorim recorreu ao parágrafo 3º do decreto 5.978/2006, que regulamenta a concessão do documento e garante ao ministro o poder de autorizar a expedição "em função de interesse do país".
A Folha apurou que Lula pediu o benefício pouco antes do fim do mandato.
Pelo decreto, o passaporte diplomático é concedido a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes.
O artigo 1º do decreto diz o seguinte: "A concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, companheiro ou companheira e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores".
No caso dos filhos, a norma seguida pelo Itamaraty segue critério da Receita Federal para a definição de dependente (21 anos ou portador de deficiência). Este entendimento consta do site da própria instituição.
A validade do passaporte diplomático concedido aos dois filhos de Lula é de quatro anos, a contar da data de emissão. Assim, durante todo o governo de Dilma Rousseff, Luís Cláudio e Marcos Cláudio terão acesso à fila de entrada separada e com tratamento menos rígido nos países com os quais o Brasil tem relação diplomática.
Em alguns países que exigem visto, o passaporte diplomático o torna dispensável. O documento é tirado sem nenhum custo para a "autoridade". Um passaporte normal custa em torno de R$ 190 para ser emitido.
Luís Cláudio é o filho caçula de Lula. Formado em educação física, hoje é preparador físico do Corinthians. Marcos Cláudio é filho do primeiro casamento de Marisa Letícia, a ex-primeira-dama, e foi adotado por Lula. Formado em psicologia, é empresário e tentou ser candidato a vereador em 2008.
Na semana passada, a Folha revelou que Luís Cláudio é sócio do irmão Lulinha em seis empresas, mas só uma existe fisicamente. Cinco não saíram do papel.

EMPRESA PAGA ALUGUEL DE R$ 12 MIL REAIS DE LULINHA

Um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís, mora desde 2007 em apartamento alugado por R$ 12 mil nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Quem paga a conta é uma empresa com contratos com vários governos, entre eles o federal.


Lulinha, como Fábio Luís é conhecido, não é sócio da empresa que paga o aluguel. O Grupo Gol, que alugou o apartamento, é do empresário de mídia e mercado editorial Jonas Suassuna, sócio de Lulinha em um outro negócio, a empresa de conteúdo eletrônico Gamecorp.

Primo do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Jonas fez fortuna com venda de CDs da Bíblia gravados por Cid Moreira. Procurado pela Folha, Jonas disse que não vai mais pagar o aluguel para o filho do presidente.

A Folha apurou que até hoje é Suassuna quem paga o aluguel, e o dono do imóvel não havia sido contatado até a semana passada para discutir mudança no contrato, informa reportagem de José Ernesto Credendio e Andreza Matais, publicada nesta quinta-feira.

Outro lado

Lulinha disse à Folha que foi morar com o amigo em 2007, quando se separou. "Ele arcava com o aluguel e eu entrei com os móveis da minha antiga residência e assumi as despesas do apartamento. Há quatro meses pedi para ficar com todo o apartamento, pois me tornei pai, e estamos transferindo o contrato para meu nome."

Filho do dono do imóvel, o advogado Vladmir Silveira disse que não sabia que o filho de Lula era seu inquilino. "Quem alugou foi o Grupo Gol. O Jonas assina como proprietário dela e fiador, na física", escreveu, por e-mail.
Samico.