Processo que culminou na decisão de substituir Agnelli foi conduzido pelo próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega. Interessado em ver no comando da Vale alguém mais alinhado com suas políticas e disposto a seguir as orientações do Palácio do Planalto, o governo do PT enfim conseguiu tirar Roger Agnelli da presidência da Vale, em um processo de “fritura” do executivo que vinha desde o governo Lula.
A saída de Agnelli ainda não é oficial, mas a informação foi adiantada pelo colunista Ancelmo Gois. O Bradesco aceitou a decisão dos dois outros maiores acionistas da holding que controla a Vale: a União, por meio do BNDESPar, e fundos de pensão estatais.
‘Aparelhamento do PT no setor privado’
Nas últimas semanas, o processo que culminou na decisão de substituir Agnelli foi conduzido pelo próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega. A expressão usada nos bastidores por integrantes do comando do Bradesco para se referirem à articulação do governo pela saída de Roger Agnelli foi “pressão massacrante”.
A oposição reagiu com firmeza à articulação do governo para derrubar Agnelli. “Não contente com o aparelhamento do setor público, o PT lança as suas garras no setor privado”, afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), classificou “a operação Roger Agnelli” como temerária. “Na hora em que o Estado exige a saída de um gestor laureado é de ficar absolutamente perplexo com o que está para acontecer”, disse.
Quem comandará a empresa?
A tendência é que o novo presidente seja escolhido nos próprios quadros da empresa. Fontes ligadas ao Conselho de Administração da Vale dizem que um dos principais candidatos a substituir Agnelli é o diretor de Marketing da Vale, Vendas e Estratégia, José Carlos Martins, que está na mineradora desde 2004.
Outro que está no páreo é o diretor de Operações e Metais Básicos da empresa desde 2006, Tito Botelho Martins. A preocupação do mercado com a troca de comando na Vale é que haja influência política na estratégia de atuação da empresa.
Em nossa opinião, essa interferência do governo em uma empresa privada é, além de ilegal, um completo absurdo. Agnelli é um executivo respeitado mundialmente, e sob seu comando a companhia teve um crescimento extraordinário de receita e lucros. Aparentemente o pecado de Agnelli foi não se curvar aos caprichos do PT, como o de fazer uma siderúrgica no norte do país. É uma pena que a presidente Dilma tenha continuado essa perseguição pessoal iniciada por Lula.
sábado, 26 de março de 2011
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